segunda-feira, março 31, 2008

ADEUS... NÃO TE QUERO VER JAMAIS!

Adeus... Não te quero ver jamais!
Amor primeiro tão cruel,
sentido, vivido, enaltecido
como algo do mais puro e doce.
Desabrochou ainda em tenra idade,
colhido foi no abrir da adolescência,
embora hoje o viva com saudade
morreu mantendo em si a inocência
de uma jovem na flor da idade.

Adeus... Não te quero ver jamais!
Saudade tenho de tudo que recordo,
com lágrimas, que nem pérolas verdadeiras
que me correm pelas faces luzidias,
donde escapam esperanças derradeiras.
Sonho ainda hoje com tal amor,
choro por saber que ainda existe,
já não tenho força nem fulgor
para lutar contra a ânsia que persiste.

Adeus... Não te quero ver jamais!
Teus carinhos recordo soluçando,
palavras que disseste não pronuncio,
só a ti me enxergo abrançando,
ouvindo em sussurro os sons por que suspiro.
Que saudade e tristeza sinto,
sempre ao recordar na minha solidão,
um amor que desejei ser bem distinto,
e só de chagas cobriu meu coração.

Adeus... Não te quero ver jamais!
Horas de tal felicidade,
que esta tão louca saudade,
me faz recordar chorando.
É que não posso esquecer,
esse sonho belo e doce,
que eu desejava viver
contigo fosse onde fosse.
O vazio magoa a valer...

Adeus... Não te quero ver jamais!
Adeus... amor que passou
mas que vive ainda em mim,
em meu coração rasgado,
em minha alma perdida
ao sabor da solidão.
Esse amor só meu e teu,
que num abismo caiu,
não mais morrerá em mim,
em ti para sempre morreu!!!

Adeus... Não te quero ver jamais!

Fernanda

terça-feira, março 25, 2008

PINTURA-O SABOR DA VIDA

O dia escurece como se anoitecesse,
a chuva mergulha no mar bravo e frio,
nem tudo é cinzento, nem tudo esmorece,
mas tudo é verdade, mesmo este vazio.

O amanhã será mais envolvente,
trará ao cinzento-escuro desta tela,
outra cor por si só mais abrangente,
que abrirá naturalmente a triste cela.

Com nova cor as pinceladas vão surgindo,
dando só por si um brilho de esperança
à tela, onde a pintura vai sobressaindo
do cinzento base, que perde sua pujança.

Dependurada a tela na triste parede,
para que outros cinzentos a possam admirar,
estranha o que em silêncio o cinzento pede
temendo que a nova cor o possa apagar.

Abre-se a porta da cela escurecida,
deixando nela entrar o formoso brilho,
a tela resplandece uma outra vida,
que em si encobria como um jovem filho.

A parede pálida desperta ao notar,
uma vida surgir na tela pendente,
pede ao cavalete para a sustentar,
para a sua tela encarar de frente...

Ao ver na pintura o sabor da vida,
ao ler nos traços o sentir da morte,
apagou os traços, dando-lhe em seguida,
um painel de cores mais vivo, mais forte...

Fernanda

sexta-feira, março 21, 2008

PENSANDO EM TI !

Poema dedicado a todos os Amigos(as)
Que me visitam...neste dia Especial
da Poesia...21-03-2008.

És a luz de um farol.
És força do sol nascente.
És o filho que não tive,
és lua em quarto crescente.

És a graça de um sorriso.
És tempo de primavera.
És abraço aconchegante
és o som és a quimera.

És o alecrim do campo
és a paz és bonança.
és do céu o paraíso
és a fé, és a esperança.

És o nenúfar dos lagos,
és bondade, és perfeição.
És o esvoaçar do cisne.
És momento de oração.

És o murmúrio das águas.
és o oiro incandescente.
És o perfume do goivo,
és a brisa do poente.

És canto de rouxinol.
és a obra de um pintor
és uma sombra que passa.
És o "Bem", és o Amor!.

SANTA PÁSCOA!.

Fernanda

domingo, março 16, 2008

SONHEI

Sonhei na magia d’uma noite,
Com um mundo bem diferente,
Onde havia harmonia, luz e cor,
Ao ritmo duma melodia envolvente,
Que falava d’alegria, paz e amor.

Vamos içar nossas vidas
Nesse oceano sem fim,
Curar as velhas feridas,
Dar um abraço, enfim!

Pais e filhos neste mundo,
Tinham a porta sempre aberta,
Um enorme coração…
E ouvido sempre alerta.
Unidos por um laço d’amor profundo,
Diziam o que lhes ia na alma,
Sem máscaras, nem sofreguidão,
Com todo o respeito e calma.

Quando a tempestade pairava em seu seio,
Depressa vinha a brisa dialogante,
Que fazia desvanecer todo o receio,
Fazendo renascer o belo, o edificante!...

De tanto palpitar meu coração
Acordou-me de repente!
Então, chorei, chorei a desilusão
De um mundo tão indiferente!

Fernanda

terça-feira, março 11, 2008

TU ÉS...

És a força de um sorriso.
És o grito, és o queixume.
És perfume de narciso,
és amor e és ciúme.

És a lágrima furtiva.
És vagido de criança,
és o esvoaçar do cisne
és a fé a esperança.

És o nenúfar dos lagos,
és canção inacabada.
És a estrela da manhã,
és a brisa perfumada.

És o mermúrio das águas
és sombra do sol nascente.
És a paz, és a magia
és a luz resplandecente.

És a papoila do campo.
És tempo de primavera.
És abraço aconchegante,
és o som, és a quimera.

És a graça da gazela.
És o alecrim do monte.
És do céu o paraíso,
és o murmúrio da fonte.

Dedicado a todos os amigos
e amigas, que o lerem.

Fernanda

sexta-feira, março 07, 2008

SOMOS AVÓS

Claro que somos Avós,
mas, olha isso que importa ?
Se o que existiu entre nós,
nunca será coisa morta.

Claro que temos idade,
certo que temos juizo,
mas, p'ra matar a saudade
de dizer isto preciso:

-Ao ter dez anos de idade,
já gostava de te ver,
se era amor ou amizade,
isso, não te sei dizer.

Aos quinze anos, então...
Aí que sensações sentia!
Saltava-me o coração
em cada vez que te via.

Aos vinte amava-te a sério,
aos vinte e cinco ainda mais,
era amor, era mistério,
como não senti, jamais.

Aos trinta, tudo acabou,
para mal dos nós os dois,
cada um de nós casou,
e tivemos filhos depois.

Cada um viveu a vida,
esquecendo o comum passado,
e mesmo de alma partida,
manteve o seu lar honrado.

Mas hoje que te encontrei,
tinha que te dizer isto,
tu já sabes o que eu sei,
resistes, como eu resisto.

Fernanda